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sábado, 9 de janeiro de 2010

Friedrich Nietzsche - O Anticristo

Este pequeno livro escrito em 1888 marca a posição do autor de transvalorar todos os valores. Uma crítica radical dos valores do cristianismo com o ousado diagnóstico de que estes são responsáveis pelo adoecimento do homem.
Um experimento transvalorado, já que aqui o cristianismo não é avaliado na verdade de seus dogmas, mas sim como fenômeno moral que norteia todo o processo civilizatório ocidental; se posiciona de fora destes valores buscando identificar o jogo de forças que estão presentes na sua origem e que permanecem ainda. O que quer saber é: o que valem esses valores e para onde eles nos levam.
Verifica no cristianismo uma interpretação do mundo puramente ficcional, sem nenhum contato com a realidade, pelo contrario, movida pelo ódio e pelo ressentimento desta mesma realidade.
Busca entendê-lo desde sua raíz judaica quando esta ainda possuía um Deus poderoso e que se transforma depois num Deus bom; quando se torna impotente perante o conquistador. A releitura que seus profetas fizeram do seu passado, no exílio, traduzida em termos de obediência ou não a Deus, é a causa das grandezas e sofrimentos de um povo. A invenção do pecado como forma de controle sacerdotal sobre um povo.

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